Só Vivemos Uma Vez

Eddie Taylor é um homem que, mesmo depois de cumprir pena, não consegue obter uma segunda oportunidade. Acusado injustamente de um crime, vê-se obrigado a fugir com a esposa, Joan, e o filho, numa tentativa desesperada de escapar à perseguição e à sentença de morte que lhe foi imposta. A narrativa acompanha a degradação gradual de Eddie, cuja situação o empurra para actos cada vez mais extremos.

À medida que fogem pela estrada, o casal transforma-se num símbolo trágico do beco sem saída em que se encontram: o amor e a protecção familiar confrontam-se com a violência e a inevitabilidade da justiça. A pressão da perseguição policial, a hostilidade da sociedade e o acaso amaldiçoado conduzem Eddie a tornar-se aquilo que jurou não ser, condenando também Joan a um destino marcado pela criminalidade e pela perda.

O filme conjuga melodrama e crítica social, expondo a fragilidade das instituições e a facilidade com que uma vida pode ser devastada por uma condenação prematura. Em tom sombrio e implacável, a história revela como a falta de perdão e de oportunidades pode transformar vítimas em algo pior do que os rótulos que lhes foram impostos.