Sorop

Chamados de volta à casa de infância para visitar o tio que se encontra à beira da morte, dois irmãos rapidamente percebem que algo não segue as leis naturais: o velho recusa-se a morrer. Entre vigilâncias solitárias e objectos que parecem deslocar-se por vontade própria, a presença do tio impõe um silêncio pesado e uma sensação crescente de que a morte está a ser desafiada por forças desconhecidas. O que começa como um dever filial transforma-se numa descida lenta para um mistério que corrói os laços familiares.

À medida que acontecem fenómenos cada vez mais perturbadores, memórias reprimidas e segredos antigos afloram, obrigando os irmãos a confrontar não só a resistência sobrenatural do tio, mas também os próprios medos e culpas. Sorop mistura terror psicológico com elementos sobrenaturais, criando uma atmosfera claustrofóbica onde a realidade se desfaz e o leitor — ou espectador — fica preso entre o desejo de escapar e a curiosidade mórbida pela verdade que insiste em não morrer.