Depois da perda brutal da sua esposa Hélène no ataque ao Bataclan, um homem reage publicamente com uma carta aberta onde recusa ser consumido pelo ódio dos assassinos. O filme acompanha essa resposta tão humana quanto corajosa, revelando o impacto imediato do trauma e a forma como a dor pessoal se transforma numa mensagem de amor, memória e resistência. Entre imagens íntimas e testemunhos, somos convidados a acompanhar o percurso de um pai que tenta proteger o filho e preservar a dignidade perante o horror.
Com uma abordagem sóbria e emotiva, a obra explora temas universais: luto, paternidade, solidariedade e a escolha entre vingança e compaixão. Não se limita ao relato do atentado, antes centra-se na reconstrução diária, nas pequenas decisões que definem a sobrevivência emocional e na força que nasce da recusa em ceder ao ódio. O resultado é um retrato comovente e honesto sobre a capacidade humana de transformar tragédia em gesto de esperança.