Um homem plutocrata leva o seu filho mimado a uma visita anual à sua loja de departamentos e promete-lhe qualquer coisa que ele escolher. O rapaz aponta para um empregado de limpeza — um homem negro que o fazia rir com as suas palhaçadas — e apresenta-o literalmente como o seu novo "brinquedo". A premissa improvável instala desde logo um choque entre poder e vulnerabilidade.
No início, o empregado sofre várias humilhações e é tratado como propriedade, submetido às exigências caprichosas do miúdo. O tom alterna entre a comédia das situações absurdas e o desconforto das indignidades impostas pela riqueza sem escrúpulos, expondo a distância social entre os personagens.
À medida que a história avança, o homem que foi escolhido como «brinquedo» recusa tornar-se apenas num objeto e, com paciência e humanidade, começa a ensinar ao rapaz o verdadeiro significado da amizade. Essa relação improvável transforma os dois: o menino descobre empatia e companhia, enquanto o adulto revela dignidade e coragem perante a injustiça.
O filme mistura humor e emoção para fazer um comentário social sobre poder, privilégio e solidariedade. É uma narrativa que, entre gargalhadas e momentos tocantes, celebra a capacidade humana de mudar preconceitos e redescobrir laços genuínos num mundo marcada pela desigualdade.