Jazzy acompanha os passos inseguros de uma rapariga que oscila entre a infância e a vida adulta. Quando a sua melhor amiga se muda, o filme explora a sensação de perda — dos rituais partilhados, das rotinas que davam cor aos dias — e a solidão que surge quando um lugar antes seguro fica estranho. As pequenas falhas nas conversas, os silêncios prolongados e as recordações de um verão que já não volta constroem um retrato íntimo e sensível de luto e mudança.
Ao mesmo tempo, essa ausência abre espaço para uma primeira noção de independência: gestos tímidos, escolhas simples e um olhar novo sobre desejos e medos. Jazzy não é um grande manifesto, mas uma tapeçaria de momentos onde se aprende a estar só, a criar novos ritmos e a aceitar que crescer significa perder e ganhar ao mesmo tempo. No final, fica a promessa cautelosa de que a identidade se desconstrói para renascer mais inteira.